Segundo secretário da Segurança Pública, bancos e condomínios passarão a compor rede de vigilância
O secretário estadual da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, disse nesta segunda-feira, 25, que em setembro começam a ser conectadas à rede de monitoramento da polícia algumas câmeras de vigilância privadas. Os equipamentos ficam em estabelecimentos comerciais e residenciais e estão exclusivamente voltados para lugares públicos. As imagens poderão ser acessadas em tempo real pela Polícia Militar. Grella não forneceu a quantidade de locais que passarão a compor o projeto no primeiro momento.
“Nós já temos alguns convênios e alguns protocolos de intenções firmados. Faltava o decreto, que o governador assinou há dez dias autorizando a secretaria a celebrar esses convênios”, afirmou Grella. “Vamos partir, no próximo mês de setembro, para os atos específicos, com cada entidade, cada associação, cada condomínio.”
De acordo com ele, serão definidos planos de trabalho e os locais das câmeras que se mostram necessários ao programa estadual, batizado de Detecta. Entre os imóveis que deverão ceder suas imagens para o poder público fazer a vigilância estão bancos, associações.
“Começa por São Paulo, capital, e também poderá se colocar nas principais cidades do interior”, disse o secretário. “Temos várias reuniões marcadas e alguns protocolos de intenções já celebrados. O que nós precisamos é especificar isso, objetivar isso com um plano de trabalho. São câmeras voltadas para a área pública em pontos estratégicos. Não são todas as câmeras de condomínios, mas aquelas em locais estratégicos de interesse para a segurança pública.”
Aumento dos roubos.
Estatísticas da Secretaria da Segurança Pública (SSP) divulgadas nesta pelo mostram que os roubos cresceram pelo 14.º mês seguido em território paulista, embora em um ritmo menor. A alta foi de 12,6%.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) não quis comentar nesta segunda-feira, 25, essa estatística especificamente, mas falou sobre ações que poderiam ajudar a diminuir o índice. “O latrocínio é muito ligado ao roubo e furto de veículos. Então, à medida que nós derrubamos, como está acontecendo há dois meses, roubo e furto de veículo, junto cai também o latrocínio. Metade quase dos latrocínios está ligado a roubo e furto de veículos. Então, lei do desmanche, Detecta, blitze, saturação em regiões onde são necessários.”
Segundo o tucano, a quantidade de câmeras monitorando as ruas e estradas pode chegar a milhares em todo o Estado. As concessionárias de rodovias do Estado já aderiram ao programa, com 660 câmeras espalhadas nas estradas. “Nova York (cidade que inspirou o projeto) tem 6 mil câmeras de vídeo no Detecta. Nós podemos até superar, porque não tem limite. Já começamos com o governo, com a Polícia Militar e hoje entra a iniciativa privada, porque as concessões (de estradas) são privadas.”
O projeto faz parte das promessas de campanha de Alckmin, que concorre à reeleição.
[vcex_divider style=”solid” icon_color=”#f2f2f2″ icon_size=”14px” margin_top=”20px” margin_bottom=”20px”]
Fonte: Estadão